Vida e Obra de Gil Vicente
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“Mestre de Retórica de Representação”, Gil Vicente foi
contemporâneo dos Descobrimentos mas, ao contrário de Camões, que exaltou os
feitos portugueses, fez antes uma crítica mordaz, na caricatura que construiu
da sociedade portuguesa de então.
Dramaturgo
na corte, onde viveu cerca de 35 anos, foi o homem de confiança da Rainha D.ª
Leonor e, para além de escrever e encenar as suas peças, organizava também as
Festas Reais.
Homem
dos “sete ofícios”, julga-se que foi também ourives e Procurador dos Mistérios
na Câmara de Lisboa. Gil Vicente foi consensualmente considerado o “pai” do
Teatro português.
In RTP Ensina
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Auto da Barca do Inferno
Representado pela primeira vez em 1517, O “Auto da Barca do
Inferno”, tem como ação o julgamento num cais, onde os juízes, um Anjo e um
Diabo, discutem quem entrará na barca de cada um, condenando os seus
passageiros à viagem para o Céu ou para o Inferno.
Por lá passa a representação de toda a sociedade portuguesa da
época; desde o Fidalgo ao Parvo, figura
recorrente da obra de Gil Vicente e, no final, o Diabo é quem leva mais
passageiros na barca.
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