Do púlpito da capela dos jesuítas fez o Padre António Vieira um sermão que comoveu as
gentes mais nobres e tementes a Deus que habitavam a Lisboa de 1662. As
palavras eram do pregador, do missionário, do político e do sonhador de um
reino universal de Cristo em defesa dos seus amados índios. Acabara de chegar
do outro lado do mundo, expulso do Maranhão pelos colonos portugueses que
odiavam a sua voz ativa. A este sermão da Epifania outros se seguiram em São
Roque. Os que o queriam ouvir "mandavam lançar um tapete de
madrugada" para guardar lugar na igreja.
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